sábado, maio 18, 2013

Gloria


Há alguns anos eu vi vários filmes de Cassavetes. Ia ver a filmografia toda, mas decidi parar. Tinha achado meu diretor favorito de todo o sempre, então achei justo ter algumas coisas inéditas na manga para me dar de presente ao longo de toda a minha vida. Hoje eu não resisti e diminui meu estoque, vendo Gloria. É obviamente uma coisa linda, um instantâneo de uma cidade e de uma mulher que anda pra lá e pra cá nessa cidade, produto dela. Ela circula com os dentes cerrados e pistola na mão, moleque a tiracolo, sem muito roteiro para lhe guiar. É um cinema sobre as pessoas, mas não sobre as suas histórias; é um perfil de comportamento, e não de trajetória. É o ideal de realismo em cinema, já que a gente normalmente não segue histórias, mas apenas vive, no improviso.

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