Um filme para celebrar o dia dos pais, e não é O Poderoso Chefão:
Rio Grande é o último filme da trilogia de John Ford sobre a cavalaria americana; os dois primeiros são Sangue de Heróis (e não Herói, como quer a Warner) e Legião Invencível. John Wayne é o Tenente-Coronel Kirby Yorke, encarregado de treinar recrutas. Um dos novatos é seu filho, que ele não vê desde que se separou da mulher Kathleen, a genial Maureen O'Hara. Quando a base enfrenta o perigo Apache, ela aparece para resgatar o filho, que se alistou contra sua vontade. O garoto decide ficar, mesmo sob ataque, para aprender com o pai o que é ser um homem de verdade. Numa cena discreta e linda, o Ten Cel Yorke decide não interferir numa briga em que o filho se mete. Instinto vs linha de conduta + orgulho: Wayne é brilhante.
Na verdade, não sei porque cito esse filme, porque a relação homem-mulher é bem mais importante no todo: temos dois adultos que se amam, mas foram afastados pela guerra - tema sempre de alta voltagem para cineastas hábeis. A relação ausente pai-filho é um efeito daninho da guerra para o casal. Ainda assim, a vontade de recuperar o tempo perdido manifestada em tons austeros e discretos, é tão potente que eu fico com essa coisa na cabeça, o tempo em que os homens não expunham suas emoções e mesmo assim eram capazes de amar e respeitar. Grande filme.
Um comentário:
Massa o seu novo "Blog". Legal, porque fica sem as amarras que uma disciplina impõe. Você pode diversificar mais. Um abraço.
Omar
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