A mulher dele, Catherine Deneuve, se espanta, mas aceita na boa. Os vizinhos têm a mesma reação, o caso vai parar na tv e a gravidez masculina se espalha pelo mundo todo, do Caribe às Filipinas. Poderia ter sido tão brilhante quanto Fim dos Tempos, de M. Night Shyamalan, mas Jacques Demy não tem a mínima noção da força do material: Mastroianni grávido!
Nos anos 90 tivemos Schwarzenegger de barrigão, e pelo que lembro do filme, era engraçado. Tinha até a grande Emma Thompson. O filme de Demy, no piloto automático, começa, não desenvolve, e acaba, como uma gravidez histérica. A sinopse fica mais divertida que o todo.
Mas vejam como são as coisas. Passei metade do filme rindo de espanto pela falta de vergonha desse time em dedicar tempo a filme tão banal. Não me aborreci. Como se aborrecer com Mastroianni contracenando com o grande amor de sua vida? Eles até fazem piada disso: são um casal ilegítimo, já que o personagem dele não se separou da primeira esposa.
Quando Mastroianni morreu, tanto a esposa no papel quanto Deneuve estavam do seu lado, sentadas na cama. É uma bela história, a dos dois, que rendeu a também atriz Chiara Mastroianni, cada vez mais a cara do pai. Essa história mereceria um filme melhor.
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