quarta-feira, julho 19, 2006

Kathleen Turner


Esse post é dedicado a Kathleen Turner, espetacular femme fatale em Corpos Ardentes, de Lawrence Kasdan.


terça-feira, julho 18, 2006

O nome do jogo

Não conheço muito Bertolucci, não li o romance, mas se tem um título de filme/livro que não tiro da cabeça é O Céu Que Nos Protege. Não exatamente em português; em inglês, o The Sheltering Sky passa uma dimensão épica e ao mesmo tempo intimista, de maneira econômica - três palavras. Mérito dessa terminação -ing, geralmente associada ao gerúndio que pode ser colocada depois de quase todas as palavras em inglês, criando uma infinidade de adjetivos. O português é mais rígido, o -ing às vezes é -ante (Intriguing = Intrigante), mas não há muito o que fazer com "proteger", por exemplo, pra conservar a economia original. O Céu Protetor? Não. "Protegente" não existe. Aí aparece o "que", palavra feia que tira a beleza de uma frase tornandom óbvia a explicação ou a caracterização.
The Sheltering Sky.
Isso me lembra outros títulos que já me fascinaram, conhecendo ou não as obras que eles batizam. Às vezes no original, às vezes na tradução, essas são sonoridades, formas, letras que me atraem:
Fale Com Ela
Ascensor Para o Cadafalso
Música Para Camaleões
The Wings of the Dove
The Postman Always Rings Twice
Eu Receberia de Seus Lindos Lábios as Piores Notícias
A Conversação
A Faca na Água
The Kandy-Kolored Tangerine-Flake Streamline Baby
A Noiva Estava de Preto
Aliás, chegar em Truffaut é bom pra lembrar dos excelentes títulos que Godard deu a seus filmes. Ninguém batiza filme como ele. Vejamos:
1 - Duas ou Três Coisas Que Eu Sei Dela
2 - Viver a Vida
3 - Salve-se Quem Puder (A Vida)
4 - Elogio do Amor
5 - O Desprezo
6 - Masculino Feminino
7 - Uma Mulher é Uma Mulher
E por aí vai, sem falar na tradução de À Bout de Souffle, o excelente (título e filme) Acossado, da qual ele não teve culpa.