quarta-feira, janeiro 23, 2008

Saymon Awards

Oscar? Prefira o Saymon Awards. Resumindo: estes foram os 20 melhores filmes do ano passado, com elegibilidade definida pela exibição comercial pela primeira vez em Salvador.

20 - Possuídos, de William Friedkin
19 - Piaf - Um Hino ao Amor, de Olivier Dahan
18 - Baixio das Bestas, de Cláudio Assis
17 - As Leis de Família, de Daniel Burman
16 - Maria Antonieta, de Sofia Coppola
15 - The Brown Bunny, de Vincent Gallo
14 - Treze Homens e Um Novo Segredo, de Steven Soderbergh
13 - Medos Privados em Lugares Públicos, de Alain Resnais
12 - Cartas de Iwo Jima, de Clint Eastwood
11 - A Via Láctea, de Lina Chamie
10 - Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho
9 - Lady Chatterley, de Pascale Ferran
8 - Cidade dos Homens, de Paulo Morelli
7 - Santiago, de João Moreira Salles
6 - O Ultimato Bourne, de Paul Greengrass
5 - Marcas da Vida, de Andrea Arnold
4 - Exilados, de Johnnie To
3 - Zodíaco, de David Fincher
2 - Ratatouille, de Brad Bird

Grande prêmio Saymon de 2007, o número 1: O Hospedeiro, de Bong Joon-ho.

Mais detalhes aqui: 20-11, 10-1

Ator: Ken Watanabe, Cartas de Iwo Jima (2º - Marco Ricca, A Via Láctea)
Atriz: Isabelle Huppert, A Comédia do Poder (2° - Kate Winslet, Pecados Íntimos)

O pior do ano. Quer dizer, não exatamente o pior, mas o mais detestável: O Cheiro do Ralo, de Heitor Dhalia.

sábado, janeiro 05, 2008

Camisa de força

Por que ainda se faz barulho quando David Lynch faz um filme sem pé nem cabeça, que ninguém entende? Não é para entender mesmo, não no sentido início, meio e fim. Por outro lado, essa seqüência surreal de A Estrada Perdida, Cidade dos Sonhos e Império dos Sonhos pode ser vista claramente de outro ângulo que não o da "historinha": são filmes que assumem o ponto de vista de personagens seriamente perturbados, e a graça é experimentar um pouco desse inferno. Por isso, a distorção toda...



... o que, claro, não garante que esse novo Império dos Sonhos chegue perto de ser um bom filme. Não é, e por um motivo básico. Lynch perdeu a mão na criação de infernos, por assim dizer. A Estrada Perdida, e, em menor medida, Cidade dos Sonhos eram feitos de uma maneiraq ue é impossível tirar os olhos da tela; tinham grande impacto que eu chamaria quase de físico, de um jeito que o espectador, do lado de cá da tela, era obrigado a se esforçar para não ter os sentidos alterados pelo universo instável dessas mentes doentias.



Em Império dos Sonhos, um filme dentro do filme, os mesmos psicologismos, transferências de identidade, homenagens ao filme noir, e tudo isso duplicado por um filme dentro do filme - aliás, o filme dentro do filme é, por sua vez, um remake... Lynch vai abrindo janelas e janelas e o filme bate certinho nas três horas. E a sensação de perturbação já foi embora há muito tempo, para dar lugar uma irritação com tanta misantropia inócua. Laura Dern, em flashes, consegue sobreviver a essa bagunça.

Em tempo: meus Lynchs preferidos são Coração Selvagem e O Homem Elefante.

terça-feira, janeiro 01, 2008

Feliz Ano Novo

Essa semana o blog volta ao normal. Antes disso, mais um vídeo, do filme Alta Sociedade. De Cole Porter, Now You Has Jazz, com Bing Crosby e Louis Armstrong. Sensacional.



Esse filme é um remake de Núpcias de Escândalo, um filme bem melhor, mas sem as canções de Cole Porter. A trama é a mesma - jornalista tenta entrar em num casamento da alta sociedade, e se envolve demais com a fonte. Não sei se lembrei do filme porque ele se passa numa festa, mas tem cara de réveillon. A música do vídeo acima é o ponto alto do filme, mas gosto também dessa outra canção, Little One. Curiosamente, os pontos altos do filme pertencem todos a Crosby, e não a Frank Sinatra.